quinta-feira, 7 de maio de 2009

Antes de Partir (The Bucket List).

Jack Nicholson e Morgan Freeman. Dois monstros.

Juntos, no filme "Antes de Partir" (The Bucket List).

Conforme as cenas se passam, é possível perceber que algumas coisas são realmente por acaso, simplesmente acontecem por acontecer. Outras não. E as coisas que não são por acaso, são as que se entende menos, porque independentemente da forma - e de por quem quer que seja - que tenham sido planejadas, insistem em mudar sempre, contra ou a favor de qualquer vontade.

Nem sempre quando as coisas mudam contra as vontades elas são péssimas, mas insistem em normalmente magoar alguém. E aí não dá para entender porque elas mudam, mas em contrapartida, se entende porque algumas coisas têm que ser por acaso.

Ao final do filme, tudo fica claro.

Quando o fim chega, nada mais é por acaso.

terça-feira, 10 de março de 2009

Os amigos e os fora de área.

O ser humano, às vezes, se comporta como um telefone celular,

Que, fora da área de cobertura, não faz e nem recebe ligações,

Ou a ligação se completa, mas o fone do ouvido não funciona.

Pior ainda quando banca o pós-pago, e cobra até sem conversar.

Estamos na era da portabilidade. É possível trocar de operadora,

comprar um aparelho mais potente e manter o mesmo número,

mas a cada dia está mais complicado conversar à moda antiga.

Que bom que ainda existe a amizade. A razão da chamada.

Seu sinal é de alto nível, e mesmo quando falha, não cai.

E carrega antes que o mundo pareça um pré-pago sem crédito.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Prenúncio de Sol.

Uma espessa e persistente neblina marcou presença

em todo o horizonte curitibano visível hoje,

a partir das janelas do décimo-oitavo andar

de um edifício comercial no Alto da Glória.

Mas vamos acreditar que foi só um prenúncio de sol

e que amanhã voltarão as quatro estações diárias,

Verão, outono, inverno e primavera, mostrando cores.

E não verão mais somente o cinza e seus tons inertes.

E a aquarela do dia será mais vista que os automóveis e os edifícios,

Até a boemia anunciar, cantando, a chegada de outra noite perfeita.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Metáfora.

A vida é uma escada... Sabe-se lá, talvez não... Tomara que não!

Afinal, se assim fosse e, cada dia, mês ou ano fosse um degrau,

Uma crônica não poderia ser intitulada metáfora. Mas que seja.

Supondo então assim, seria possível descer ao passado,

Estacionar no presente, ou subir rumo ao futuro.

E como todos descobririam tal mágica possibilidade,

O que será que fariam as pessoas?

Será que alguém permaneceria imóvel na tal escada?

Se todos se movessem, será que alguém reencontraria alguém?

Em que sentido? Para cima? Para baixo? Quantos degraus?

Tudo bem, é possível se confortar por saber que a tal escada

É apenas uma metáfora na vida de um boêmio,

Mas os dias, meses e anos continuarão passando mesmo assim.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Vendo a Venda com Outros Olhos...

...


Vendo bem o que preciso, quase sempre

Vendo pessoas, porque se não

Vendo mais os olhos, também não

Vendo menos se elas veem ou não.


Venda, às vezes, venda os olhos, mesmo que

Venda sempre, não venda sempre o mesmo.

Venda mesmo se for uma venda, se for uma boa.

Venda a que os que veem mesmo sabem que é boa.


A venda que está à venda não quer ser mais uma venda.

Por mais que se venda, nem sempre se venda os olhos.

As pessoas não querem sentir que são nem que estão,

Seja à venda, ou a venda e eu não quero vendar meus olhos...


...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Para Ela, A Madrugada (ou não).

Se a madrugada para, é para ela parar.

Para ela, não para a madrugada que para!

A madrugada para para ela parar sempre.

E parar para sempre o que se para para ela.

A que sempre se para para o que se para.

O que se para sempre para pensar nela.

Pensar na madrugada. Pensar na que se para.

Na madrugada que pensa que se para.

Se para de pensar que é madrugada, para.

Para porque a madrugada é para se parar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Quando o carnaval chegar.

Não parece, mas o ano de 2009 começou...

Ou será que só parece, mas não começou?

Existe "meio começo"? Se existir, acho que é o caso.

Ano pega no tranco? Talvez falte um empurrão, então?

Brasília aceita abaixo-assinado para antecipar o carnaval?

Abaixo-assinado ainda se escreve assim depois da reforma?

Sei lá, mas deixe que depois do carnaval a gente vê isso...