segunda-feira, 27 de julho de 2009

Soneto da Lareira.

Além de cinza, tudo gelado.

Dia perfeito para nada.

Há muitos degraus na escada,

Mas o mundo está parado.


De um lado, vê-se a sala vazia.

Do outro, a vigia é a tarde fria.

Tudo embaçado, nada de sol...

Companhia, só um cachecol.


Como vinho bom não precisa ser caro,

À noite pode haver sol em seu olhar,

À beira da lareira da sala de estar.


Ao som tranquilo do seu suspirar,

O amor parecerá muito mais claro,

Quando, finalmente, o fogo se apagar.

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